LESAO DE BASE DE CRANIO EM DESCOMPRESSAO ORBITARIA INFERO-MEDIAL: A ARTERIA ETMOIDAL ANTERIOR COMO LIMITE SUPERIOR DA ETMOIDECTOMIA TRANSCONJUNTIVAL
O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de pneumoencefalo após descompressão orbitaria infero-medial e discutir o papel da arteria etmoidal anterior como referencia anatomica na etmoidectomia transconjuntival.
Paciente do sexo feminino, 63 anos, portadora de Orbitopatia de Graves (OG), foi submetida à descompressão orbitária inferomedial à esquerda. Durante o procedimento, a Artéria Etmoidal Anterior (AEA) foi identificada e cauterizada. Utilizando o forame da AEA como referência do limite superior da remoção da parede medial, a etmoidectomia transconjuntival foi realizada sem intercorrências visíveis durante o procedimento.
Entretanto, a paciente evoluiu com cefaleia intensa e liquorréia no pós operatório imediato. A Tomografia Computadorizada (TC) de crânio evidenciou pneumoencéfalo associado à um pequeno defeito ósseo na lamela lateral da fossa olfatória. A paciente foi readmitida, internada e submetida à correção endonasal da fístula liquorica. Após cinco dias, nova TC evidenciou resolução completa do quadro e a paciente recebeu alta hospitalar sem mais complicações.
A AEA é a principal referência superior para a descompressão orbitária medial. Entretanto, seu trajeto pode estar intimamente relacionado à base do cranio, o que aumenta o risco de complicações intracranianas. Portanto, além da avaliação tomográfica do óstio da AEA, é fundamental a avaliação da morfologia da fossa olfatória afim de evitar lesões na base do crânio.
Descompressão de Órbita; Orbitopatia de Graves; Fossa Olfatória; Artéria Etmoidal Anterior; Base de Crânio;
Plástica Ocular, Órbita e Vias Lacrimais
HOSPITAL DAS CLINICAS DE RIBEIRÃO PRETO - São Paulo - Brasil
BARBARA SALOMAO ALMEIDA CUNHA, Bruna Samara Equitério, ANTONIO AUGUSTO VELASCO CRUZ