REABILITAÇAO DA VISAO NA TOXOPLASMOSE CONGENITA: RELATO DE CASO
Relatar a importância do diagnóstico precoce e da reabilitação da visão (RV) na inclusão escolar de um paciente com toxoplasmose congênita(TC).
Trata-se de um jovem de 20 anos, masculino, com diagnóstico de coriorretinite(CR) toxoplásmica. Seus pais observaram fotofobia e estrabismo aos três meses de idade. Em consulta oftalmológica, observou-se placas de CR maculares e periféricas em ambos os olhos sugestivas de TC. Realizou-se tratamento específico para a toxoplasmose e aos 11 meses de idade iniciou acompanhamento em programa de habilitação e reabilitação da visão, incluindo a estimulação visual.É acompanhado por oftalmologista e pedagoga especializadas em baixa visão. A princípio, foi orientado quanto à aproximação do material e, posteriormente, incluídos o sistema telescópico 3X e a lupa de apoio 4X. A partir de seus 14 anos evoluia com miopia > 1D/ano. Aos 20 anos iniciou uso de Atropina 0,01% e, posteriormente, Atropina 0,025%, com controle da progressão da miopia.Em 19/09/2022 apresentava acuidade visual (AV) OD = 20/200 com -1,75-3,50 x 50° e OE=20/60 com -6,75-3,00 x 150°. Retinografia simples AO = palidez discos ópticos e múltiplas cicatrizes de CR maculares e periféricas. Cursa segundo ano de medicina, sem limitações visuais e toca bateria.
O diagnóstico e o tratamento precoces viabilizam um prognóstico favorável, possibilitam a inclusão escolar e promovem uma melhor qualidade de vida à pessoa com baixa visão.
Baixa Visão
Taylor Cardoso Santos Fonseca, Luciene Chaves Fernandes