HIDROPISIA CORNEANA AGUDA NO ANEL INTRAESTROMAL EM PACIENTE GESTANTE
Relatar o caso de ceratocone com hidropsia no anel intraestromal em gestante
Mulher, 41 anos, gestante, queixa de baixa acuidade visual (BAV) recente. Diagnóstico de ceratocone e implante de anéis intraestromais em 2016. Acuidade visual (AV) era CD 30 CM e 20/100. Ao exame, presença de um segmento de anel intraestromal em olho direito, sem alterações. Em olho esquerdo (OE), presença de dois segmentos de anel, com opacidade corneana em extremidade inferior do segmento nasal. Presença de neovasos corneanos epiteliais e estromais em periferia nasal e inferior e em extremidade inferior do segmento de anel temporal. Ausência de sinais infecciosos. Foi prescrito fluormetalona, devido a BAV. Após um mês, AV no OE evoluiu para 20/30. A tomografia de coerência óptica evidenciou anel tópico, sem extrusão. Assim, a principal hipótese diagnóstica é de hidropsia cornana aguda em anel intraestromal do OE.
O anel intraestromal objetiva regularizar a curvatura corneana e diminuir os erros refracionais nas ectasias. Entre as complicações descritas estão: deslocamento do segmento, extrusão, posicionamento assimétrico, ceratite infecciosa, hidropsia aguda e depósitos no interior do túnel estromal. A presença de hidrópsia no anel apresenta incidência de 2,7% e é um quadro de edema corneano súbito causado pela ruptura da Membrana de Descemet, com a entrada de humor aquoso no estroma. É tida como uma alteração autolimitada, que se resolve em cerca de 3 meses.
Ceratocone; anel intraestromal; hidrópsia aguda
Córnea e Doenças Externas Oculares
Instituto de Olhos Ciências Médicas - Minas Gerais - Brasil
Ana Luisa Souto Gandra, Larissa Lima Magalhães , Isadora Brito Coelho , Gustavo Moreira Madeira, Paula dos Santos Ribeiro Laborne de Mendonça , Leonardo Coelho Gontijo