COMUNICAÇAO: O IMPACTO NA SINDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA
Descrever um caso de meningismo relacionado a doença de Vogt-Koyanagi-Harada de diagnóstico tardio e a importância da avaliação multiprofissional.
CDGM, 16 anos, avaliado pela neurologia com quadro de cefaléia, BAV e meningismo. TC de crânio com sinais de hidrocefalia e punção lombar com 100% de monócitos. Submetido a implante de DVP, sem melhora do quadro. Solicitada, então, interconsulta com a equipe da oftalmologia. Na avaliação inicial apresentava: acuidade visual de vultos em ambos os olhos; biomicroscopia com hiperemia conjuntival, reação de câmara anterior 3+ e PKs granulomatosos; mapeamento de retina com descolamento seroso de retina 360° e vitreíte 2+. Diagnosticado com síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada, sendo submetido a pulsoterapia e imunossupressão com melhora expressiva dos sintomas e da acuidade visual (OD 20/63 e OE 20/100).
O presente caso evidência a importância da avaliação e comunicação multidisciplinar na condução de casos atípicos, especialmente antes de intervenções invasivas. Além disso, ressalta a necessidade de mantermos o raciocínio clínico, sempre valorizando os achados locais e sistêmicos e buscando conectá-los às diversas áreas de conhecimento.
Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada
Meningite Asséptica
Uveíte
SíndromeUveomeningoencefálica
Uveítes
HOSPITAL SAO GERALDO (HC-UFMG) - Minas Gerais - Brasil
LILIANE DE ABREU ROSA DE ALCÂNTARA, RENATA NOBRE MAIA, FILIPE CICONELLI PEIXOTO, DANUZA DE OLIVEIRA MACHADO, WESLEY RIBEIRO CAMPOS, DANIEL VITOR VASCONCELOS-SANTOS