GRANDE CARCINOMA EPIDERMOIDE DA CONJUNTIVA: RELATO DE CASO
Relatar um caso de grande carcinoma epidermoide (CEC) de conjuntiva nasal de olho direito (OD) e seu tratamento no serviço de Oftalmologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Homem, 30 anos, comparece ao pronto-socorro referindo lesão em OD há um ano. Nega traumatismo, cirurgia ou comorbidades oftalmológicas. Nega uso de colírios. Histórico de etilismo.
Ao exame, hiperemia conjuntival (+2/+4), lesão conjuntival elevada e rósea, de dimensões 1,0x0,9x0,8cm, avançando sobre a córnea, com prejuízo na oclusão ocular. Exames laboratoriais normais, incluindo sorologias negativas.
Em cirurgia, optou-se por exérese da lesão com 2mm de margem em área de conjuntiva e raspagem de córnea nasal com lâmina 15, uso de colírio de mitomicina embebido em algodão por 2 minutos e recobrimento com membrana amniótica e suturas com nylon 10.0. Intraoperatório, lesão bem delimitada a conjuntiva, não acometendo planos profundos. Ao anatomopatológico, CEC bem diferenciado, de aspecto papiliforme, com margens livres. Indicado ciclo de mitomicina e seguimento ambulatorial.
O CEC é o tumor maligno mais comum da conjuntiva¹. Clinicamente, aparece como uma lesão exofítica, séssil ou pediculada em área de exposição interpalpebral, de aspecto variável, frequentemente próximo ao limbo, de crescimento lento². O tratamento inicial é a excisão completa da lesão e a frequência de recidiva após varia entre 10 e 42% dos casos, sendo a maior nos primeiros seis meses de pós-operatório³.
Carcinoma epidermóide conjuntival
Córnea e Doenças Externas Oculares
NATÁLIA DARC QUEIROZ PIMENTA, CARLOS ALBERTO PILAN NETO, ISADORA MELGAÇO OLIVEIRA SANTOS
