PAPILOFLEBITE EM JOVEM HIGIDA USUARIA DE ANTICONCEPCIONAL ORAL
Relatar um caso de papiloflebite em paciente jovem hígida usuária de anticoncepcional oral.
Paciente J.S.F, feminino, 25 anos, sem antecedentes patológicos procura atendimento em serviço de urgência com queixa de baixa acuidade visual em olho direito há 05 dias. Ao exame, a acuidade visual era CD AF em OD, sem alterações na biomicroscopia e com uma PIO de 12/11 mmHg. À OCT evidenciou-se edema macular com uma elevação pronunciada de 418um e na AFG foi encontrada hipofluorescência difusa, inclusive de disco, além de staining vascular sugestivo de vasculite. Ademais, à investigação hematológica e reumatológica sem achados relevantes. O ACO foi suspenso e foram feitas 3 sessões injeção de Anti- VEGF. Após 8 meses paciente retornou com a AVSC de 20/200 em OD, o edema macular aumentou para 639um. Ao exame de FO o DO hiperemiado; vasos tortuosos e, na AFG, extravasamento de contraste em mácula e disco OD. Foi então mantida suspensão de ACO e solicitada injeção de osurdex.
A papiloflebite é uma condição que compartilha sintomas com oclusão da veia central da retina, acometendo pacientes sem história de doença vascular pregressa. Sua causa exata ainda não é conhecida, na maioria das vezes, acontece em mulheres jovens com desordens hematológicas desconhecidas, por isso a realização de extensa investigação laboratorial é fundamental nesses pacientes para descartar alguns fatores etiológicos que podem cursar com manifestações sistêmicas graves. O ACO é um dos potenciais fatores de risco.
Papiloflebite, Anticoncepcional Oral, OCT, Edema Macular, Baixa acuidade visual
Retina e Vítreo
Mariana Prates Camilo, Arthur Amaral Nassaralla