SINDROME DE DUANE TIPO 3: UM RELATO DE CASO CIRURGICO
Relatar caso de abordagem cirúrgica em paciente portador da síndrome de Duane tipo 3.
Paciente masculino, 40 anos, comparece ao serviço queixando estrabismo desde o nascimento. Ao exame: posição de cabeça com mento desviado à direita. Acuidade visual corrigida: OD 20/20 e OE 20/30; Biomicroscopia e fundoscopia sem alterações. Krimsky test sem correção: Exotropia 35 DP e hipertropia E/D 16 DP para longe; Exotropia 45 DP e hipertropia E/D 14 DP para perto. Movimentação ocular: -3 reto lateral (RL) e -4 reto medial (RM) esquerdo. Observado estreitamento da fenda palpebral, enoftalmia e Upshoot com OE em adução. Abordagem cirúrgica com realização de recuo de RL (8,5 mm em OD e 7,5 mm em OE com Y-splitting). No peroperatório, identificada banda fascial posterior e superior ao RL de OE, a qual foi ressecada. Cover test no 1° DPO: XT 5 DP e HT E/D 14 DP para longe; XT 14 DP e HT E/D 16 DP para perto, com melhora do Upshoot em OE.
A síndrome Duane é um tipo de estrabismo congênito em que há contração dos músculos retos medial e lateral devido à inervação anômala (agenesia do nervo abducente e divisão da porção inferior do nervo oculomotor para inervar tais músculos). Há limitação ou ausência de abdução, restrição de adução e retração do globo com estreitamento da fissura palpebral na adução. É classificada em três tipos, sendo o tipo 3 o que há limitação concomitante de abdução e adução. Em geral, em casos de Duane com exotropia, é realizado recuo uni ou bilateral dos retos laterais.
Estrabismo, Síndrome de Duane, Exotropia.
Estrabismo
Yuri Bosi Torezani, Mariana Prates Starling Pereira, Mariana Imbroisi dos Santos , Rafael Leite de Oliveira, Karlla Cardinali Antunes Lauriano, Gabriel Penido de Oliveira