RETINOPATIA DA PREMATURIDADE AVANÇADA: E POSSÍVEL REABILITAR? - RELATO DE CASO
Relatar caso de paciente com Retinopatia da Prematuridade grave, exposição a fatores de risco e diagnóstico tardio, que submetida a acompanhamento oftalmológico adequado e equipe multidisciplinar apresenta efetiva inserção social e acadêmica.
L.L.F.S., 19 anos, sexo feminino, prematura, baixo peso ao nascimento e uso de oxigenioterapia nas primeiras semanas de vida. Primeiro exame oftalmológico aos 4 meses apontou Retinopatia da Prematuridade (ROP) graus 4A e 4B em olho direito (OD) e grau 5 em olho esquerdo (OE). Submetida à cirurgia vítreo-retiniana a laser em ambos os olhos (AO), sendo referenciada ao Serviço de Baixa Visão. Aos 12 meses, realizada nova aplicação de laser AO e prescrição de lentes esféricas hipocorrigidas -4.00 dioptrias. Aos 6 anos, adaptação de auxílio óptico de magnificação. Aos 7 anos, diagnosticada epilepsia de ocorrência noturna com descarga occipital. Aos 12 anos, submetida à cirurgia de estrabismo para esotropia e posição compensatória da cabeça. Aos 17 anos, diagnosticado glaucoma. Aos 19 anos, em uso de óculos -6,25-3,00x10º OD e -3,25-3,50x120º OE. Paciente trabalha e cursa Faculdade de Música.
O diagnóstico tardio de um quadro grave de ROP, resultou em descolamento de retina bilateral e retina hipoplásica em OE. O acompanhamento oftalmológico adequado, equipe multiprofissional, estimulação precoce e apoio familiar possibilitaram uma efetiva inserção social e acadêmica.
Retinopatia da Prematuridade, Reabilitação, Refração.
Baixa Visão
Alessandra Juliana de Carvalho, Galton Carvalho Vasconcelos, Cristina Helena Toledo de Paula, Renato Sathler Avelar